Thursday, August 30, 2007

Let the games begin....

Aí estão os grupos da Liga dos Campeões 2007/2008:

Grupo A:
Liverpool
Porto
Besiktas
Marselha

Grupo B:
Chelsea
Valencia
Schalke
Rosenborg

Grupo C:
Real Madrid
Bremen
Lazio
Olympiacos

Grupo D:
Milan
Benfica
Celtic
Shaktar

Grupo E:
Barcelona
Lyon
Estugarda
Rangers

Grupo F:
Man United
Roma
Sporting
Dinamo de Kiev

Grupo G:
Inter de Milão
PSV
CSKA Moscovo
Fenerbahçe

Grupo H:
Arsenal
Sevilha/AEK
FC Steaua
Slavia Praga

Tocar na ferida

Sou leitora assídua d' A Bola, mas não costumo seguir as crónicas de Leonor Pinhão. Hoje, porém, foi diferente. O texto está muito bem escrito e ilustra a realidade em que está mergulhado o nosso futebol.

"Contra a corrente

Mais benzidos do que sofridos
Por Leonor Pinhão

Se viram, no domingo, o FC Porto-Sporting, repararam com certeza na cor do apito de Pedro Proença.

Era encarnado.

Convenhamos, então, que o apito encarnado não é um apito, muito menos encarnado.

É uma situação.

Filipe Soares Franco reagiu à situação 48 horas depois de ela se ter verificado. Não é, aliás, a primeira vez que os altos dirigentes do Sporting, de visita ao reduto Antas-Dragão, de lá saem encantados com a qualidade social da recepção — porque a amizade está primeiro e o resultado, enfim, é o que menos interessa… — e só dois, três dias passados é que se dão conta do descontentamento entre as suas hostes e da necessidade prática de as confortar.

Por não ser a primeira vez que tal sucede é que se trata, precisamente, de uma situação.

Não entendam mal. Não viria bem nenhum ao mundo se o presidente do Sporting tivesse lamentado o que houve para lamentar mal o apito encarnado de Pedro Proença apitasse pela última vez.

Até porque já nada havia a fazer.

E fica mal aos vencidos falar, falar, falar e culpar o árbitro, mesmo quando têm razão.

Falar, falar, falar, era o que deviam os responsáveis do Sporting ter feito, mas antes do jogo.

E falar com quem?

Ora, com o guarda-redes Stojkovic, nem mais nem menos.

Era explicar-lhe, com palavras mansas de modo a não o assustar, que o jogo era importante e que o palco onde ia ser disputado era um palco tradicionalmente difícil para a equipa visitante e para a equipa de arbitragem, sempre muito pressionado pelo apito encarnado, como ele haveria de ver.

Era dizer-lhe:

— Stojkovic, meu caro, o senhor é estrangeiro e não tem a menor experiência do futebol português e das suas situações. Portanto…

— Sim, mas as Leis do Jogo são iguais em qualquer parte do mundo… — poderia, eventualmente, barafustar o guarda-redes.

E aqui é que se queria ver quem tem ou não tem capacidade para dirigir o Sporting, ou outro qualquer emblema nacional.

Um dirigente de eleição cortaria de imediato o pio ao estrangeiro acabadinho de chegar.

— Repete lá isso… — diria, enquanto coçava uma sobrancelha.

— As Leis do Jogo são iguais de Santiago do Chile a São Petersburgo! — responderia o guarda-redes.

— Pois são, filho, pois são. Mas se, por acaso, no decorrer deste jogo do Campeonato Tuga, na casa do Campeão Tuga, um teu coleguinha de equipa, de costas para a tua baliza, aplicar um charuto na bola fazendo-a descrever um arco para trás…

— Ah, ah, ah — ria-se, se calhar, o estrangeiro inexperiente.

— ... E se a bola for direitinha a ti, por amor de Deus não a agarres com as mãos.

— Porquê?

— Porque o risco de ser marcado um livre indirecto dentro da área é maior do que o risco de haver vindimas para o mês que vem.

— Vindimas, o que são vindimas? — perguntaria Stojkovic.

Tivesse esta conversa existido e, garantidamente, o guarda-redes sérvio teria despachado a pontapé a bola que lhe foi deficientemente enviada por um colega de equipa e nunca o apito encarnado teria soado daquela forma tão castigadora para os interesses do Sporting.

E lá veio, nas tais 48 horas da praxe, passada a quarentena, o presidente do Sporting protestar. Se por um lado fez mal, por outro lado fez bem.

Sobretudo quando defendeu Stojkovic e lhe deu, em termos públicos, moral e confiança para o seu futuro enquanto guarda-redes do Sporting.

É que estas coisas deixam marcas se não forem debelados a tempo os efeitos nocivos de uma estreia traumatizante num clássico.

No Benfica, por exemplo, aconteceu uma coisa parecida com um grande jogador. Chamava-se Kandaurov e tinha uns pés de artista. E visão de jogo. Até fazia golos. Fez o seu primeiro jogo oficial com a camisola encarnada no Estádio das Antas, contra o FC Porto. Marcou um golo lindo, num remate à meia-volta, no coração da área. Levantava os braços o nosso Kandaurov, em sinal de alegria, e corria para festejar com os seus companheiros quando a expressão do árbitro, senhor António Costa, salvo erro, o fez parar, incrédulo.

Afinal o golo não valera. Tinha sido marcado com a mão. Kandaurov ficou tão traumatizado que, verdade seja dita, nunca mais jogou nada de jeito ao serviço do Benfica. E assim se perdeu mais um activo do clube.

O Sporting não pode, de maneira nenhuma, correr o mesmo risco com Stojkovic.

benzida. Vitória benzida do Benfica ontem em Copenhaga. A sorte do jogo esteve sempre do lado de Quim. Os primeiros quinze minutos foram uma aflição. Apareciam dinamarqueses sozinhos na área e cabeceavam ao lado, por cima, ao poste, à barra. E… nada. «Com o mister Fernando Santos já estávamos a levar 3», houve quem pensasse. Houve quem o dissesse em voz alta.

— Não haja dúvida que o futebol é um jogo de sorte! — respondeu quem acredita em bons olhados.

Foi tanta a sorte do Benfica que conseguiu a proeza de marcar um golo contra a corrente do jogo. Há quanto tempo não marcávamos contra a corrente? Já ninguém se lembra.

O golo foi lindo. Um livre «à Camacho», dirá a crítica, sempre objectiva. Toque de Rui Costa, cabeça de Cardozo para a cabeça de Nuno Gomes para o pé direito de Katsouranis. Quatro jogadores internacionais pelos seus países (o que ajuda muito) construíram um lance de eleição e o resultado que permite ao Benfica entrar na Liga dos Campeões.

Foi uma vitória mais benzida do que sofrida, em tempo de empates.

Neste princípio de época, o Benfica, praticamente, não conseguiu ganhar a ninguém.

Praticamente, só conseguiu ganhar a estes dinamarqueses e ao Sporting.

Agora que o jogo mais importante do ano já passou — porque era decisivo, a todos os níveis, estar na Liga dos Campeões — vem aí o próximo jogo mais importante do ano, contra o Nacional da Madeira. Isto porque o Benfica tem os seus pergaminhos a nível nacional e não pode imitar o início de campeonato do Manchester United de 2007/2008, com dois empates e uma derrota nos primeiros três jogos da liga inglesa.

É que nem pensar." (In A Bola, 30/08/07)

Abram-se as portas!

Pelo terceiro ano consecutivo, o Benfica entrou na fase de grupos da Liga dos Campeões. Os encarnados foram vencer por 0-1 ao terreno do Copenhaga, na Dinamarca. A equipa entrou a medo e bastante recuada, mas os dinamarqueses não souberam aproveitar as suas oportunidades de golo (e a sorte também não teve do lado deles). À passagem do minuto 17, o Benfica chegou ao golo num livre estudado, embora sem ter criado lances de grande perigo. Um livre com 4 toques (Rui Costa, Cardozo, Nuno Gomes e, finalmente, Katsouranis) abriu as portas da Liga dos Campeões ao Benfica e concedeu de imediato ao clube 4 milhões de euros. Esta tarde, às 17h, no Mónaco, o Benfica, colocado no pote 2 juntamente com o Porto, vai conhecer os seus adversários. A 18/19 de Setembro a Liga dos Campeões dá o pontapé de saída.

Tuesday, August 28, 2007

Futebol Mundial de luto

O jogador do Sevilha FC António Puerta, de 22 anos, não resistiu às sucessivas paragens cardíacas ocorridas sábado, durante o jogo com o Getafe, e faleceu ao princípio da tarde de hoje. A pedido do clube espanhol, a UEFA decidiu adiar o jogo AEK-Sevilha, da 3ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões, para 3 de Setembro. O Sevilha vai regressar de imediato a Espanha para se juntar às cerimónias fúnebres do malogrado defesa esquerdo da equipa. António Puerta falece aos 22 anos depois de três dias internado em estado grave num hospital andaluz.


PS - O video dos acontecimentos está aqui (cuidado, as imagens impressionam).

Medalha de Ouro

Nem só de futebol se faz a história do Benfica. Esta semana, o herói nacional é Nélson Évora. O atleta do Benfica tornou-se, ontem, campeão mundial ao vencer o triplo salto no Campeonato do Mundo a decorrer em Osaka. Pela primeira vez na sua história, Portugal alcançou o primeiro lugar do pódio nesta modalidade técnica. Nélson Évora ganhou a medalha de ouro ao alcançar a fasquia de 17,74 metros deixando toda a concorrência à distância. No final, emocionado, o português confessou: "«Só se o coração falasse é que poderia dizer como estou! Ainda nem acredito nisto...»" (In A Bola).

Wednesday, August 22, 2007

Pouca sorte


Confirma-se o provérbio popular de que não há duas sem três. Depois das lesões de Zoro e Luisão, é agora David Luiz quem causa a primeira grande dor de cabeça ao treinador José António Camacho. O defesa central brasileiro lesionou-se, esta manhã, no final do jogo-treino e foi de imediato assistido. A confirmação da lesão chegou esta tarde: "David Luiz fez fractura da base do quinto metatarso do pé direito e tem paragem prevista de cinco a seis semanas.". Neste momento, o Benfica conta apenas com um defesa central de raiz - o ex-júnior Miguel Vítor -, já que Stretenovic não foi inscrito e o brasileiro Anderson continua sem treinar (parece estar de saída para o Lyon).

Monday, August 20, 2007

Nova voz de comando

Os tempos são de mudança para os lados da Luz. Depois de um exibição tremida diante do Copenhaga, o Benfica entrou na liga Bwin 07/08 com um empate frente ao recém-promovido Leixões. As paupérrimas exibições e os maus resultados ditaram a saída de Fernando Santos do clube. A rescisão ficou acertada esta madrugada e, segundo a imprensa desportiva, o próximo treinador será o espanhol Camacho.

Pessoalmente, considero esta saída despropositada. Acho que a culpa do que o Benfica (não) tem feito até agora não se deve só ao treinador. Acho que temos uma boa equipa, mas que ainda não encontrámos os automatismos certos. Para além disso, se a saída já era pensada, seria mais lógico que acontecesse no final da época passada. A corda partiu pelo lado mais fraco, numa altura em que o capitão de equipa, Nuno Gomes, pede paz e tranquilidade para o grupo.

Rei morto, rei posto. É altura de olharmos para a frente. Camacho será provavelmente o escolhido não só pelo trabalho que fez anteriormente na Luz, mas também pela empatia que tem com Luís Filipe Vieira. Parece que, pelo menos, o espanhol conhece os novos reforços encarnados e já deu o aval para os que ainda estão para chegar. Porém, acho que esta mudança da equipa técnica é capaz de ter hipotecado a nossa época. Camacho chega sem ter feito pré-época, sem conhecer a equipa colectiva e individualmente, sem esquema de jogo e já com dois pontos de desvantagem.

Por enquanto, até haver a confirmação quanto ao novo técnico, o Benfica vai ser orientado por Fernando Chalana. Vamos ver que futuro terá o adjunto português quando, e se, chegar a armada espanhola. O próximo adversário do Benfica será o Vitória de Guimarães, na Luz.

Tuesday, August 14, 2007

Nova época à porta...

Há muito tempo que estou arredado destas lides blogueiras. Por isso, tenho muita coisa para dizer. A época começa hoje oficialmente para o “Glorioso” e esperemos com uma vitória simultaneamente moralizadora e confortável, tendo em conta a deslocação a Copenhaga daqui a 15 dias.
O defeso encarnado foi recheado de desilusões e novas ilusões. A saída de Simão, Miccoli e recentemente Manuel Fernandes são perdas importantes. Os dois primeiros foram fundamentais no ano anterior enquanto o internacional sub-21 foi fundamental na pré-epoca. Saiu também Anderson, devido a um problema familiar, porém, apesar de ter sido titular em muitos jogos na época transacta, este ano, teria o lugar ameaçado. Afinal, David Luiz tem vindo a ganhar cada vez mais o seu espaço no centro da defesa benfiquista.
A principal desilusão para mim, e penso que para toda a família benfiquista, foi a perda do Simão, o nosso capitão, o símbolo do clube nestes últimos anos. Por tudo o que fez e deu ao Benfica, merecia ver as suas condições monetárias melhoradas, merecia um grande clube europeu no estrangeiro. Apenas viu realizada uma das duas condições: ganha no dinheiro, perde no peso da camisola.
Quanto a Manuel Fernandes, o seu desejo era ficar na Luz, mas, como se sabe, só até acabarem as férias e depois “pirar-se” para a fria Inglaterra.
Por fim, Miccoli... O “pequeno bombardeiro”, depois daquela despedida sentida do Estádio da Luz, frente à Académica, poderia ter regressado e deixado a Luz em delírio. Não foram essas as ideias do Palermo e a Juventus não ajudou.
Desejo a melhor sorte para todos, mas é com mágoa que vejo como o Manuel Fernandes tratou o clube que lhe deu tudo, o clube onde cresceu para o futebol.

Falemos, então, do Benfica 2007/2008 e das caras novas que perfazem uma equipa de futebol: Fábio Coentrão, Freddy Adu, Butt, Óscar Cardozo, Bergessio, Di Maria, Luís Felipe, Andrés Diaz, Zoro, Yu Dabão (ex-junior) e Stretenovic. Podemos dizer que as maiores expectativas residem nos jogadores mais novos, como Adu, Di Maria e Coentrão, mas também no inevitável Cardozo, que veio rotulado de homem de área. O jovem Yu Dabao, ao que parece, vai rodar para um outro clube e, na minha opinião, devia ser um clube da Bwin ou da Liga Vitalis. Zoro já deu indicações de que é um central possante e que pode ter dificuldades em se adaptar à direita, mas o tempo o dirá. Luís Felipe é um lateral que não compromete pelo que conhecemos. Butt é um guarda-redes experiente, embora tenha de mostrar mais para merecer a confiança do técnico. Por fim, Stretenovic, Andrés Diaz e Bergessio são as três incógnitas da nova temporada.
A meu ver, temos equipa para discutir todas as provas, apesar de necessitarmos de um central e de um médio (box-to-box) para compensar as recentes saídas. Vamos aguardar e apoiar o Glorioso do primeiro ao último jogo e esperar com fé que este seja um ano cheio de alegrias e títulos.

CARREGA, BENFICA.

Reacende-se o Inferno



Esta noite, às 20.15, o Estádio da Luz recebe uma reedição deste jogo, mas com carácter mais decisivo. Benfica e Copenhaga enfrentam-se na 3ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões. O desejo do Benfica, e da sua massa adepta, é que a equipa consiga alcançar a fase de grupos. Por isso, Fernando Santos garantiu ontem, em conferência de imprensa, que o "Benfica se vai apresentar forte". Este jogo é a estreia oficial dos encarnados diante dos seus sócios e o pontapé de saída para a época 2007/2008. Depois da saída de jogadores, como Miccoli e Simão, espera-se muito dos novos reforços, sendo que todos eles, com excepção do Di Maria e de Zoro - ainda a contas com lesões musculares - estão convocados.

Carrega, Benfica