Wednesday, April 23, 2008

Coisas sem sentido

As notícias que surgem na imprensa valem o que valem, mas não consigo ficar indiferente a esta capa. Mais uma vez, é toda ela vermelha, porque é isso que vende, porque o que se quer é desestabilizar um clube que já está a ferver, porque de resto não há mais nada interessante. O Benfica tem este poder...
Sendo ou não sendo verdade, o tema principal d' O Jogo só pode ser visto como uma piada (quase afronta) para os milhares de benfiquistas. Como é que se põe sequer a hipótese de contratar um jogador que saiu do Benfica mal? Sim, sim, nunca insultou o clube com palavras, é verdade; mas saiu porque não teve a coragem de abdicar do seu empresário, entretanto em conflito com o clube. Além disso, se não insultou com actos, insultou com gestos e provocações. Eu, e muitos outros benfiquistas recordam, quando, a jogar no Varzim, marcou um golo ao Benfica e se dirigiu ao nosso banco de suplentes e provocou quem lá estava; ou a sua ida à Luz, no mais recente 6-1, em que estava mortinho por marcar um golo, marcou e ainda se virou para os adeptos da casa, espicaçando-os? Eu não sei quem tem memória mais curta: se o senhor Jorge Ribeiro, se esta Direcção.
Um clube como o Benfica merece jogadores de classe, ou melhor, merece, acima de tudo, jogadores que saibam o que significa aquela camisola, que saibam o que é a mística (ou venham a aprendê-la). Este jogador esteve nas camadas jovens do clube e não aprendeu nada. Não tem carácter, pura e simplesmente. Quanto aos dotes futebolísticos do jogador, acho, pessoalmente, que até no futebol português encontrávamos melhor. Como representante da Selecção Nacional (o Scolari tem um critério de escolha muito duvidoso), é natural que as suas qualidades sejam exacerbadas pela imprensa desportiva nacional.

A notícia de rodapé do jornal também tem a sua piada. Desconheço as declarações do Katsouranis e do Luisão. Não estou sequer interessada em ouvi-las, mas a verdade é que, muitas vezes, a interpretação das mesmas é deturpada consoante o interesse de quem ouve. Todos os benfiquistas sabem que esta é uma fase delicada: o clube debate-se com uma crise interna pela falta de resultados, vem de três derrotas consecutivas, falhou quase todos os objectivos e o apuramento para a Liga dos Campeões está cada vez mais longe. Por isso, qualquer coisa que se diga agora é para desestabilizar, sobretudo se se trata da saída de dois dos mais importantes jogadores do clube. Já dá para antever o que vai acontecer na pré-época com uma roda viva de entradas e saídas de jogadores, muitas vezes fictícias.

FORÇA, BENFICA!

Até ao fim...

Muita gente escreve por estes dias sobre o estado da equipa e da estrutura directiva do "GLORIOSO".
Penso que este não é o momento oportuno para nenhuma reflexão. Tenho uma opinião sobre o que correu mal esta época e como o Benfica se deveria organizar.
Contudo, vou deixa-la para fazer no final da época com o apuramento para a liga dos campeões assegurado (2º lugar). É verdade que estamos mais perto do 5º do que do 2º mas ainda acredito. Não é a posição final que irá mudar a minha opinião sobre este tema.
Faltam 3 jornadas para o final do campeonato ainda há muito apoio a dar aos jogadores do nosso clube.
Por isso só me resta dizer:

CARREGA, BENFICA

Friday, April 11, 2008

Somos ENORMES!




Depois da eliminação de uma equipa portuguesa da taça UEFA são estas as capas dos jornais desportivos deste pais.






Não conseguem estar um dia sem falar no SPORT LISBOA E BENFICA?

Thursday, April 10, 2008

RAP para Presidente…

Aqui vai a crónica de um grande benfiquista que escreve todos os Domingos no jornal A Bola: Ricardo Araújo Pereira. Dá que pensar!

«Futebol para intelectuais
Um clube cujo presidente é acusado de corrupção activa sagrou-se campeão frente a uma equipa cujos jogadores têm os salários em atraso. Viva o futebol português!

Há países em que o futebol se resume aos pontapés que se dão na bola. Uma tristeza. Aquela frase com que as mulheres costumam definir o nosso passatempo preferido, para amesquinhar o jogo e quem gosta de o ver, não se aplica ao futebol português: «Isso são 11 homens a correr atrás de uma bola.» Nada mais falso. Além dos jogadores a correr atrás da bola, parece que há juízes a correr atrás de um bilhete grátis, advogados a correr atrás de uma brecha na lei, juristas em geral a correr atrás de uma prescrição. É preciso saber muito de leis para compreender o futebol português. A mim, que sou um pobre ignorante, faltam-me muitos conhecimentos para o entender.

Primeiro, faltam-me noções de direito. No código penal português, como é lógico, a tentativa de corrupção tem uma pena maior do que a coacção. Na justiça desportiva, coacção dá descida de divisão e tentativa de corrupção implica perda de seis pontos. Só um jurista muito sofisticado pode compreender o espírito destas leis. No futebol português, uma equipa acusada de ter um jogador inscrito irregularmente, como o Belenenses, arrisca perder seis pontos. Uma equipa acusada de corromper dois árbitros, como o Porto, arrisca perder os mesmos seis pontos. Um erro burocrático tem a mesma pena que um crime. É possível que um homicídio, no âmbito de um jogo de futebol, em Portugal, valha ao assassino uma admoestação verbal. No máximo, um cartão amarelo.

Depois, faltam-me conhecimentos de português. O presidente da Liga de clubes, Hermínio Loureiro, cuja eleição foi apoiada por Pinto da Costa há mais de um ano, prometeu celeridade a lidar com este caso baseado nas escutas que se conhecem, também, há mais de um ano. Celeridade, notem bem. Eu pensava que celeridade queria dizer rapidez. Afinal, significa 14 meses.

Finalmente, faltam-me conhecimentos de xadrez. O futebol português ficou de tal modo sofisticado que parece o jogo dos reis. Reparem: o Benfica joga hoje com os axadrezados sem saber se um ou mais dos antigos dirigentes do Boavista vão, ou não, passar algum tempo no xadrez. Há notícia de árbitros que vão a casa de dirigentes buscar um cheque que, não sendo cheque-mate, pode ser suficiente para matar um jogo. Não sei se hei-de recomendar ao Chalana a táctica do 4-4-2 ou a do gambito do rei.

P.S.: No Paços de Ferreira-Guimarães, o Paços teve um golo mal anulado e um penalty não assinalado. Na minha opinião, o jogo mais interessante da época vai ser o Guimarães-Porto. Será curioso descobrir qual das duas equipas será mais beneficiada.»

RAP

Mais uma vergonha...Até quando.

Para começar, é preciso dizer que gostei da exibição do “meu” Benfica, apesar de apenas ter visto os últimos 15/20 minutos de jogo. A exibição do Glorioso só pecou na finalização, umas vezes por falta de sorte, outras por falta de inspiração dos jogadores, mas, na maior parte, graças à exibição de uma vida de um guarda-redes. Da arbitragem já não vale a pena dizer mais nada. Já agora aproveitem para ler este texto, intitulado “Vinte anos de mentira de A a Z”, que é bastante interessante.

Wednesday, April 9, 2008

Apito de Latão

O futebol português é uma vergonha. Afinal, o apito não é dourado, mas de latão.
Em Itália, os castigos no famoso caso de corrupção, denominado como “calcio caos”, antes do recurso das equipas em causa, seriam a descida de divisão de 3 clubes e a perda de pontos no campeonato seguinte. Assim, a Juventus jogaria na Série B com menos 30 pontos, a Lázio e a Fiorentina também desciam para a Série B, embora começassem o campeonato em pé de igualdade com as restantes equipas, e cabia ao Milão a penalização menos pesada, começando o campeonato na Série A com menos 15 pontos. Depois do recurso, os castigos definitivos foram: para a Juventus a perda do campeonato 2005/2006 e ainda a descida de divisão, com a agravante de iniciar a prova com menos 17 pontos. A Lázio e a Fiorentina resistiram à descida de divisão, mas começaram com menos 11 e 19 pontos, respectivamente. Por último, o Milão viu a sua pena reduzida de 15 para 8 pontos na época seguinte.

Tento em conta estas decisões, se efectuarmos um pequeno exercício de extrapolação, em jeito de brincadeira, podemos concluir que o castigo aos três clubes envolvidos, neste momento, no Apito Dourado seriam pequenas anedotas para este país de palhaços.

Ora vejamos, o Boavista e o Leira podem enfrentar a descida de divisão, sendo que, no caso do Leiria, não sei se será a descida para a Liga Vitalis se para II Divisão, já que, desportivamente, é mais do que certa a descida do Porto – B para Liga Vitalis. Porém, se o castigo destes dois clubes é a descida de divisão, o castigo final deve ser um pedido de desculpas da Comissão Disciplinar da Liga. Quanto ao outro clube envolvido no processo e que pode perder 6 pontos, o respectivo castigo final deve ser um pedido de desculpas deste mesmo órgão disciplinar, bem como votos renovados de novos roubos em jogos para o campeonato.

Para tal, basta recordar a penúltima jornada deste campeonato, nomeadamente os acontecimentos no estádio do Restelo. Frente a frente estavam dois clubes que, eventualmente, poderão perder 6 pontos: um por ter inscrito de forma ilegal um jogador, o outro por ter comprado “apenas” uns quantos árbitros. Em resumo, é praticamente a mesma coisa. Nesse encontro, no último minuto do jogo, o árbitro marca um penalty fantasma a favor da equipa que compra os árbitros, prejudicando a equipa que inscreve jogadores de forma ilícita.

Num outro jogo dessa jornada, por coincidência ou não, na mesma cidade, e em prejuízo do clube local foi assinalado um penalty inexistente. No entanto, não serviu de muito, dado que o Benfica, mesmo não jogando nada, como tantos críticos apregoam, goleou o Paços de Ferreira.

A conclusão que tiro é que, neste país, o crime compensa. Por isso, penso mesmo que o meu clube devia investir em árbitros e não em jogadores. Ora se estão em disputa 90 pontos, se nos forem retirados seis, seríamos campeões, com toda a certeza, com 84 pontos no “bucho”. Nada mal!

Para avivar a memória dos mais esquecidos, menciono apenas alguns dos casos mais escandalosos desta época e não os erros graves dos árbitros. Logo no início do campeonato, o Benfica viu ser-lhe negada a possibilidade de vencer o Leixões (e assim recuperar os dois pontos que entretanto perdia), já que ficou por marcar um penalty com consequente expulsão do jogador agressor. Noutro jogo, o único golo do actual líder contra outro dos seus rivais ao título nasce de um lance onde não houve atraso ao guarda-redes, pelo que o livre indirecto é desasjustado. Recapitulando, o Benfica devia ter mais dois pontos e o actual líder menos dois. Mais recentemente, a estória repetiu-se: o Benfica, novamente contra o Leixões, viu um golo anulado por fora de jogo mal assinalado, enquanto o líder beneficiou de um penalty fantasma, ou seja, mais dois pontos para o Benfica e menos dois para o “incontestável” líder. O que posso concluir é que a vantagem do actual líder não seria de 16 pontos, mas apenas de oito. Dirão que mesmo assim ainda seria uma boa vantagem, mas não é a mesma coisa.

Para o ano, a situação repetir-se-à. Porquê? Porque o prémio do árbitro que, na passada semana assinalou um penalty fantasma, foi a nomeação para apitar o encontro do segundo classificado. Não percebo o futebol português... Se existe tanta superioridade do actual líder, como dizem, por que não investem numa maior credibilização do futebol? No mínimo, era de nomear um árbitro diferente, digo eu. Ainda estão com medo do clube que está a 16 pontos, é isso?