O futebol português é uma vergonha. Afinal, o apito não é dourado, mas de latão.
Em Itália, os castigos no famoso caso de corrupção, denominado como “calcio caos”, antes do recurso das equipas em causa, seriam a descida de divisão de 3 clubes e a perda de pontos no campeonato seguinte. Assim, a Juventus jogaria na Série B com menos 30 pontos, a Lázio e a Fiorentina também desciam para a Série B, embora começassem o campeonato em pé de igualdade com as restantes equipas, e cabia ao Milão a penalização menos pesada, começando o campeonato na Série A com menos 15 pontos. Depois do recurso, os castigos definitivos foram: para a Juventus a perda do campeonato 2005/2006 e ainda a descida de divisão, com a agravante de iniciar a prova com menos 17 pontos. A Lázio e a Fiorentina resistiram à descida de divisão, mas começaram com menos 11 e 19 pontos, respectivamente. Por último, o Milão viu a sua pena reduzida de 15 para 8 pontos na época seguinte.
Tento em conta estas decisões, se efectuarmos um pequeno exercício de extrapolação, em jeito de brincadeira, podemos concluir que o castigo aos três clubes envolvidos, neste momento, no Apito Dourado seriam pequenas anedotas para este país de palhaços.
Ora vejamos, o Boavista e o Leira podem enfrentar a descida de divisão, sendo que, no caso do Leiria, não sei se será a descida para a Liga Vitalis se para II Divisão, já que, desportivamente, é mais do que certa a descida do Porto – B para Liga Vitalis. Porém, se o castigo destes dois clubes é a descida de divisão, o castigo final deve ser um pedido de desculpas da Comissão Disciplinar da Liga. Quanto ao outro clube envolvido no processo e que pode perder 6 pontos, o respectivo castigo final deve ser um pedido de desculpas deste mesmo órgão disciplinar, bem como votos renovados de novos roubos em jogos para o campeonato.
Para tal, basta recordar a penúltima jornada deste campeonato, nomeadamente os acontecimentos no estádio do Restelo. Frente a frente estavam dois clubes que, eventualmente, poderão perder 6 pontos: um por ter inscrito de forma ilegal um jogador, o outro por ter comprado “apenas” uns quantos árbitros. Em resumo, é praticamente a mesma coisa. Nesse encontro, no último minuto do jogo, o árbitro marca um penalty fantasma a favor da equipa que compra os árbitros, prejudicando a equipa que inscreve jogadores de forma ilícita.
Num outro jogo dessa jornada, por coincidência ou não, na mesma cidade, e em prejuízo do clube local foi assinalado um penalty inexistente. No entanto, não serviu de muito, dado que o Benfica, mesmo não jogando nada, como tantos críticos apregoam, goleou o Paços de Ferreira.
A conclusão que tiro é que, neste país, o crime compensa. Por isso, penso mesmo que o meu clube devia investir em árbitros e não em jogadores. Ora se estão em disputa 90 pontos, se nos forem retirados seis, seríamos campeões, com toda a certeza, com 84 pontos no “bucho”. Nada mal!
Para avivar a memória dos mais esquecidos, menciono apenas alguns dos casos mais escandalosos desta época e não os erros graves dos árbitros. Logo no início do campeonato, o Benfica viu ser-lhe negada a possibilidade de vencer o Leixões (e assim recuperar os dois pontos que entretanto perdia), já que ficou por marcar um penalty com consequente expulsão do jogador agressor. Noutro jogo, o único golo do actual líder contra outro dos seus rivais ao título nasce de um lance onde não houve atraso ao guarda-redes, pelo que o livre indirecto é desasjustado. Recapitulando, o Benfica devia ter mais dois pontos e o actual líder menos dois. Mais recentemente, a estória repetiu-se: o Benfica, novamente contra o Leixões, viu um golo anulado por fora de jogo mal assinalado, enquanto o líder beneficiou de um penalty fantasma, ou seja, mais dois pontos para o Benfica e menos dois para o “incontestável” líder. O que posso concluir é que a vantagem do actual líder não seria de 16 pontos, mas apenas de oito. Dirão que mesmo assim ainda seria uma boa vantagem, mas não é a mesma coisa.
Para o ano, a situação repetir-se-à. Porquê? Porque o prémio do árbitro que, na passada semana assinalou um penalty fantasma, foi a nomeação para apitar o encontro do segundo classificado. Não percebo o futebol português... Se existe tanta superioridade do actual líder, como dizem, por que não investem numa maior credibilização do futebol? No mínimo, era de nomear um árbitro diferente, digo eu. Ainda estão com medo do clube que está a 16 pontos, é isso?
Em Itália, os castigos no famoso caso de corrupção, denominado como “calcio caos”, antes do recurso das equipas em causa, seriam a descida de divisão de 3 clubes e a perda de pontos no campeonato seguinte. Assim, a Juventus jogaria na Série B com menos 30 pontos, a Lázio e a Fiorentina também desciam para a Série B, embora começassem o campeonato em pé de igualdade com as restantes equipas, e cabia ao Milão a penalização menos pesada, começando o campeonato na Série A com menos 15 pontos. Depois do recurso, os castigos definitivos foram: para a Juventus a perda do campeonato 2005/2006 e ainda a descida de divisão, com a agravante de iniciar a prova com menos 17 pontos. A Lázio e a Fiorentina resistiram à descida de divisão, mas começaram com menos 11 e 19 pontos, respectivamente. Por último, o Milão viu a sua pena reduzida de 15 para 8 pontos na época seguinte.
Tento em conta estas decisões, se efectuarmos um pequeno exercício de extrapolação, em jeito de brincadeira, podemos concluir que o castigo aos três clubes envolvidos, neste momento, no Apito Dourado seriam pequenas anedotas para este país de palhaços.
Ora vejamos, o Boavista e o Leira podem enfrentar a descida de divisão, sendo que, no caso do Leiria, não sei se será a descida para a Liga Vitalis se para II Divisão, já que, desportivamente, é mais do que certa a descida do Porto – B para Liga Vitalis. Porém, se o castigo destes dois clubes é a descida de divisão, o castigo final deve ser um pedido de desculpas da Comissão Disciplinar da Liga. Quanto ao outro clube envolvido no processo e que pode perder 6 pontos, o respectivo castigo final deve ser um pedido de desculpas deste mesmo órgão disciplinar, bem como votos renovados de novos roubos em jogos para o campeonato.
Para tal, basta recordar a penúltima jornada deste campeonato, nomeadamente os acontecimentos no estádio do Restelo. Frente a frente estavam dois clubes que, eventualmente, poderão perder 6 pontos: um por ter inscrito de forma ilegal um jogador, o outro por ter comprado “apenas” uns quantos árbitros. Em resumo, é praticamente a mesma coisa. Nesse encontro, no último minuto do jogo, o árbitro marca um penalty fantasma a favor da equipa que compra os árbitros, prejudicando a equipa que inscreve jogadores de forma ilícita.
Num outro jogo dessa jornada, por coincidência ou não, na mesma cidade, e em prejuízo do clube local foi assinalado um penalty inexistente. No entanto, não serviu de muito, dado que o Benfica, mesmo não jogando nada, como tantos críticos apregoam, goleou o Paços de Ferreira.
A conclusão que tiro é que, neste país, o crime compensa. Por isso, penso mesmo que o meu clube devia investir em árbitros e não em jogadores. Ora se estão em disputa 90 pontos, se nos forem retirados seis, seríamos campeões, com toda a certeza, com 84 pontos no “bucho”. Nada mal!
Para avivar a memória dos mais esquecidos, menciono apenas alguns dos casos mais escandalosos desta época e não os erros graves dos árbitros. Logo no início do campeonato, o Benfica viu ser-lhe negada a possibilidade de vencer o Leixões (e assim recuperar os dois pontos que entretanto perdia), já que ficou por marcar um penalty com consequente expulsão do jogador agressor. Noutro jogo, o único golo do actual líder contra outro dos seus rivais ao título nasce de um lance onde não houve atraso ao guarda-redes, pelo que o livre indirecto é desasjustado. Recapitulando, o Benfica devia ter mais dois pontos e o actual líder menos dois. Mais recentemente, a estória repetiu-se: o Benfica, novamente contra o Leixões, viu um golo anulado por fora de jogo mal assinalado, enquanto o líder beneficiou de um penalty fantasma, ou seja, mais dois pontos para o Benfica e menos dois para o “incontestável” líder. O que posso concluir é que a vantagem do actual líder não seria de 16 pontos, mas apenas de oito. Dirão que mesmo assim ainda seria uma boa vantagem, mas não é a mesma coisa.
Para o ano, a situação repetir-se-à. Porquê? Porque o prémio do árbitro que, na passada semana assinalou um penalty fantasma, foi a nomeação para apitar o encontro do segundo classificado. Não percebo o futebol português... Se existe tanta superioridade do actual líder, como dizem, por que não investem numa maior credibilização do futebol? No mínimo, era de nomear um árbitro diferente, digo eu. Ainda estão com medo do clube que está a 16 pontos, é isso?
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